Tex é um dos personagens mais longínquos das histórias em quadrinhos, levando isso em conta, é muito difícil bater o martelo e dizer quais são as melhores histórias do personagem, pois a carreira do ranger é longa. Então, decidi fazer uma lista com aquelas que considero algumas das melhores e também pensando em você, que está querendo adentrar ao universo do personagem. Não foquem na ordem das histórias, pois todas são de alto nível e me desculpem se ficou faltando alguma, afinal são 72 anos de história e sinceramente me sinto um pouco preocupado em assumir uma lista dessa magnitude.
1 – O Ouro dos Confederados
Roteiro: Antonio Segura / Arte: José Ortiz
Sinopse: O capitão confederado Buchanan, apoiado pela Ku Klux Klan, organiza no Arkansas uma fuga em massa de um cárcere militar para prisioneiros sulistas. O objetivo é recuperar trinta caixas com ouro que ele escondeu anos antes num velho barco encouraçado. Enquanto Tex e Carson caçam os fugitivos e os impiedosos racistas que os acompanham, o grupo de bandidos racha: o oficial quer usar o tesouro para financiar a desforra da Confederação, enquanto Portman, o vil e ávido membro da Klan, tem em mente outros projetos bem diferentes.
A dupla de criadores Segura e Ortiz retornam para mais essa história repleta de ação, violência, traição e muito chumbo voando para todos os lados. O roteirista Antonio Segura trás uma fórmula muito usada, mas que se for bem construída sempre funciona, que é: lados opostos unidos em busca de um valioso tesouro. Mas, cada um desses lados tem seus interesses bastante pessoais. O clássico filme de Sergio Leone, Três Homens em Conflito (The Good, the bad and the ugly) é um exemplo dessa fórmula. Geralmente esse tipo de situação leva os envolvidos a se chocarem em algum momento da história, isso já é o bastante para manter o leitor preso às páginas. De um lado, um lunático racista membro da Klu Klux Klan, do outro, um fanático capitão do exército confederado, entre eles estão Tex Willer e Kit Carson.
O roteiro constrói muito bem uma narrativa frenética e deixa o leitor totalmente mergulhado na aventura, enquanto a trama vai se formando, até que o momento inevitável do acerto de contas entre os envolvidos aconteça.
O Ouro dos Confederados foi publicada no Brasil em Tex Anual Nº 02 e republicada recentemente na coleção capa dura da Salvat Nº 43.
2 – El Muerto
Roteiro: Sergio Bonelli / Arte: Aurelio Galleppini
Sinopse: A trama gira em torno do desejo de vingança de um homem conhecido como El Muerto contra Tex, que causara a morte dos irmãos do bandido alguns anos antes. O facínora planeja liquidar o ranger em um duelo no mesmo cemitério em que seus irmãos estão enterrados e, para fazer com que Tex aceite o desafio, El Muerto inicia uma verdadeira saga de assassinatos e espancamentos de pessoas que estão muito próximas ao herói.
El Muerto é daquelas histórias que são lembradas como verdadeiras obras-primas. Com um roteiro digno de um verdadeiro filme de faroeste italiano, Sergio Bonelli que aqui assina sua obra com o pseudônimo de Guido Nolitta, entrega uma trama tensa e repleta de reviravoltas, e por mais que Tex continue sendo decisivo quando é preciso, em certos momentos ele se encontra totalmente a mercê de seu misterioso inimigo. Muitas vezes Tex acaba não conseguindo evitar que situações fatais aconteçam durante a trama, até que os dois homens se encontram em um cemitério ao pôr do sol para que finalmente as motivações do assassino sejam explicadas. O duelo final entre Tex e El Muerto é sem dúvida uma das sequências mais bem elaboradas dos quadrinhos, pois o leitor consegue sentir a tensão dos protagonistas muito bem transmitidas pela arte linda e o jogo de sombras que Gallepini usou para criar a cena que foi claramente inspirada no filme Por um Punhado de Dólares do diretor Sergio Leone.
El Muerto foi publicada no Brasil em Tex Nº 112 pela Editora Vecchi e novamente em Tex 2ª Edição Nº 112 pela RGE. Voltou às bancas brasileiras na revista Almanaque Tex Nº 07, e em Tex Coleção Nº 242 e 243, todas pela Mythos Editora. Em 2013, a mesma editora republicou a HQ numa versão colorida, em Tex Apresenta – Especial Sergio Bonelli, em 2015 republicou a história na Edição Histórica Nº 96.
3 – Rumo ao Forte Apache
Roteiro: Mauro Boselli / Arte: José Ortiz
Sinopse: O Arizona encontra-se a ferro e fogo, uma vez que um grupo de apaches rebeldes chefiados por Chunz luta contra o exército americano instalado em Forte Apache. Cansado dos métodos repressivos do tenente Parkman, Cardona, o chefe dos índios coioteiros, vai abandonar a sua reserva em Forte Apache e juntar-se a Chunz, apesar de não partilhar nem aprovar o ódio radical que este nutre pelos brancos. Entretanto, uma patrulha de soldados conduz Liz Starret que chegou ao Arizona para se encontrar com Parkman, o seu noivo, mas cai numa cilada, sendo salva por Tex e Tigre que estão na região para resgatar alguns jovens navajos que se juntaram a Chunz.
Na minha opinião, Boselli está entre os melhores roteiristas de Tex porquê ele sempre entrega histórias onde é mostrada a visão mais suja e rústica do Velho Oeste, e em Rumo ao Forte Apache isso não é diferente. A trama que se desenrola em meio a uma revolta indígena apresentando vários personagens que se tornam protagonistas da história, pois todos estão entrelaçados nela. A condução da narrativa é perfeita, alternando em acontecimentos que estão ocorrendo em locais diferentes. Dessa vez, Tex está ao lado de seu parceiro índio, Jack Tigre, que tem um importante papel de destaque. Nessa história podemos conhecer mais a personalidade do personagem. O roteiro cria um ambiente tenso e violento, onde Tex vai usar muita da sua perícia e diplomacia como Águia da Noite e a arte de Ortiz ajuda muito com seu traço escuro e com muita sombra deixando destacado o clima sombrio que a história necessita.
Rumo ao Forte Apache foi publicada no Brasil pela Mythos Editora em Tex Nº 373 à 375 e saiu também em Tex Edição de Ouro Nº 70.
4 – A Lei do Deserto
Roteiro: Mauro Boselli / Arte: Alfonso Font
Sinopse: No Arizona, um banco é assaltado por um trio de bandidos, que leva o filho do banqueiro como refém. Fugindo para o México, os três passam a ser caçados por uma patrulha liderada por Tex, que quer salvar o menino e recuperar os dólares, e pelos bandoleiros de El Tuerto, que estão só atrás da grana. Mas o maior de todos os adversários será o implacável calor do deserto.
A Lei do Deserto é uma história que basta você ler que já vai querer conhecer mais do personagem. Com 132 páginas a leitura segue entre um tiroteio e outro de forma muito fluída e mais uma vez, Mauro Boselli entrega um faroeste digno de roteiro de filme. A interação entre o trio de bandidos é um destaque na trama pois em diversas situações eles parecem não confiar muito um no outro, o que deixa a leitura mais instigante. Como na maioria das aventuras de Tex, ele sempre está acompanhado de algum de seus pards ou sozinho, mas nesta história, está na companhia de um outro amigo também ranger chamado Dan. A arte fica por conta de Alfonso Font e o que vemos são desenhos lindos com enquadramentos que funcionam muito bem para dar mais dinamismo durante as cenas de tiroteios. O jogo de luzes utilizado para retratar o reflexo do sol no deserto, faz o leitor quase sentir o calor que os personagens sentem. Três grupos disputando a bala dólares roubados de um banco e como palco, um deserto onde cada um dos envolvidos na trama precisa sobreviver ao seu calor escaldante, não tem como esses ingredientes darem errado.
A Lei do Deserto foi publicada em Almanaque Tex Nº 05 pela Mythos Editora e republicada em Tex Gold pela Salvat Nº 33.
5 – A Grande Invasão
Roteiro: Mauro Boselli / Arte: Carlo Raffaelle Marcello
Sinopse: Em Wackett, uma cidadezinha do Texas, Tex participa do funeral de um velho amigo e conta ao seu filho Kit a aventura que os dois viveram, muitos anos antes, ao enfrentar a grande invasão dos comanches. Como ranger, Tex recebera a ordem de alertar as famílias dos colonos do norte do Texas sobre o perigo. Em Rio Concho, uma estação postal, os fugitivos que o jovem ranger está escoltando, entre eles um grupo de condenados acorrentados, descobre que um bando avançado de comanches já está ali e realizou um massacre. Os índios estão divididos em três bandos e são comandados por três chefes diferentes, tendo cortado todas as rotas para os fortes da região.
A história começa com Tex e seu filho Kit chegando em uma pequena cidade para um funeral e o roteiro logo mostra o respeito que Tex tem pela pessoa que está sendo velada. Nessas poucas páginas o leitor já está imerso na leitura querendo saber de quem se trata a tal pessoa. Então, Tex decide contar a história de como o conheceu e assim temos início a uma narrativa densa e dramática onde Tex encontra um grupo de prisioneiros condenados em um forte no meio do deserto e eles estão cercados por centenas de índios enfurecidos, o que resta a fazer é confiar nos condenados, pois cada homem vivo é necessário para que tentem sobreviver aos vários ataques que eles sofrem. Durante o desenvolvimento da história é mostrado o passado de alguns dos prisioneiros e os motivos que fizeram eles a estarem ali encarcerados. O roteiro também cria uma atmosfera claustrofóbica e consegue fazer com que o leitor se sinta preocupado com as pessoas que estão ali tentando sobreviver ao assédio dos índios. Os desenhos de Marcello são ótimos, trazendo para a trama um clima sujo e empoeirado, mas infelizmente, essa foi a última história do ranger ilustrada pelo artista que morreu em 2007. A Grande Invasão é uma das histórias mais emocionantes que já li do personagem.
A Grande Invasão foi publicada em Tex Nº 412 à 414 e também em Tex Edição Ouro Nº 83 ambos pela Mythos Editora.
6 – Entre duas Bandeiras
Roteiro: Gianluigi Bonelli / Arte: Aurelio Galleppini
Sinopse: Num saloon de Abilene, Tex reencontra Dick Dayton, o Dick Furacão, seu companheiro de armas dos tempos da Guerra de Secessão Americana, e os dois relembram as aventuras vividas durante o conflito, desde quando eram simples caubóis e tiveram seu gado roubado por soldados sulistas até serem engajados como exploradores civis do 3° Batalhão de Caçadores do Kentucky, envolvendo-se em variadas ações de sabotagem e guerrilha para bloquear fornecimento de homens e armas aos confederados, com explosões de pontes, tomadas de fortes e outras manobras, num relato de ação de tirar o fôlego, em que também se destaca o lado trágico e lutuoso do histórico conflito fratricida americano que cobriu o país de sangue.
Nesta excelente aventura, concebida nada mais nada menos que pelas duas mentes criadoras do personagem, vemos um Tex mais jovem, junto do seu amigo Dick e como pano de fundo temos a Guerra de Secessão, um dos conflitos mais sangrentos da história dos EUA e que é lembrado até hoje. Ao chegar em uma cidade com seus pards, Tex encontra seu amigo Dick, o ranger então, começa a se lembrar de aventuras vividas por eles durante a guerra e decide contá-las aos seus amigos. A partir daí, temos uma série de sequências de tirar o fôlego, eu diria que essa é uma das maiores histórias do personagem no que se refere a ação. O autor deixa bem claro o posicionamento de Tex, totalmente contra a escravidão, mas ao mesmo tempo, Gianluigi trás uma humanização para os soldados envolvidos. Podemos ver isso muito bem retratado nos dois lados do conflito, no Norte, a abolição da escravatura, enquanto o Sul lutava para manter a escravidão, mas todos eram seres humanos e muitas vidas foram perdidas. Os desenhos de Aurelio Galleppini, que está no auge de sua carreira, são de encher os olhos, proporcionando um dinamismo incrível e dando uma aula de narrativa gráfica. Entre Duas Bandeiras é sem dúvida uma das melhores obras já escrita para o personagem
A história foi publicada em Tex Nº 53 à 55 pela Editora Vecchi, em Tex Coleção Nº 160 à 163 e recentemente em As Grandes Aventuras de Tex Nº 02 pela Mythos Editora.
7 – Juramento de Vingança
Roteiro: Giovanni Luigi Bonelli / Arte: Aurelio Galleppini
Sinopse: Tex conta ao filho Kit os fatos ocorridos anos antes, pelos quais os desonestos comerciantes Brennan e Teller, para se vingarem do Ranger que os havia mandado para a prisão, encarregam capangas sem escrúpulos de levar à aldeia de Flecha Vermelha uma carga de cobertores infectados com varíola, causando a morte de Lilyth e de muitos outros navajos. Tempos depois da tragédia, um dos mandantes do crime cai crivado pelas balas de Tex. Agora os quatro pards saem à caça do patife sobrevivente que, anos antes, havia escapado do justo castigo. Uma velha lança, fincada no túmulo da esposa de Tex, dali não pode ser retirada enquanto não se cumprir a vingança.
Juramento de Vingança ou a Morte de Lilyth é sem dúvida uma das histórias mais importantes do personagem, e aqui temos mais uma vez Bonelli e Galep, a dupla que criou o personagem. Em uma narrativa triste, pesada, dramática e violenta, mesmo que a violência aqui não seja muito mostrada graficamente, ela está entremeada. O autor utiliza um estilo já usado em outras histórias, que é o Tex contando um pouco do seu passado para seus amigos. Aqui ele conta a seu filho Kit como sua amada esposa foi covardemente morta, e partir daí, o que acompanhamos é um trama de vingança onde poucas vezes vemos o personagem tão amargurado e com um ódio que parece só se acalmar quando o último culpado pela morte de sua amada cair por terra. A cena em que Tex jura vingar a morte da esposa perante seu túmulo é uma das cenas mais impactantes que já vi em uma HQ. Os desenho do mestre Galep, como em todas as suas narrativas, segue muito bom. Juramento de Vingança é uma obra essencial para conhecer melhor um dos fatos mais importantes da vida do personagem e é ótima para leitores que estão iniciando.
Foi publicada em Tex Nº 42 à 45 pela Editora Vecchi, em Tex Coleção N° 149 à 152 e recentemente em As Grandes Aventuras de Tex Nº 01, os dois úlitmos pela Mythos Editora e foi aqui que saiu com o título A morte de Lilyth.
8 – Caçada Humana
Roteiro: Guido Nolitta / Arte: Fernando Fusco
Sinopse: Após encontrar casualmente Tom Kenyon, um velho xerife e amigo de longa data, Tex decide ajudá-lo a capturar um jovem fora-da-lei chamado Andy Wilson. Descoberto na fazenda onde se escondera, Wilson fere o xerife gravemente durante um tiroteio e foge para o deserto. Tex sai em seu encalço e consegue capturar o jovem. Tex e seu prisioneiro, Andy Wilson, conseguem escapar do cerco dos índios e se põe a caminho de Amarillo, onde o rapaz será julgado. Mas ao passar pela cidadezinha de Água Fria, Andy é capturado pelos homens do juiz Maddox, um fanático corrupto que enforca acusados antes de ter certeza que são culpados.
Guido Nollita constrói aqui uma história fantástica com várias reviravoltas e aventuras que vão desde ataques de índios furiosos a tiroteios em cidades até chegar aquele climax que é o mais esperado em um bom faroeste, o duelo. Tex está perseguindo um jovem criminoso, que apesar de sua pouca idade consegue dar uma boa dor de cabeça ao ranger. Tex consegue capturar o garoto mas agora os dois se encontram em meio ao deserto e passam por muitas dificuldades juntos, e são essas situações que vão construindo um relacionamento de confiança e diria que até de respeito entre os dois homens, mas nem tudo dá certo. Um fato trágico faz com que o ranger empunhe sua arma mais um vez para fazer justiça e sem dúvida a cidade de Água Fria nunca mais será a mesma. A trama tem um ritmo rápido e conta com boas doses de ação, chegando a um certo momento onde o drama se destaca. A história segue em uma linha onde é mostrado um lado mais humanizado do personagem, afinal de contas, Tex é apenas um homem rápido no gatilho e de decisões firmes que vive em um ambiente extremamente hostil, violento e repleto de injustiças. Fernando Fusco fica por conta dos desenhos e confesso que não é meu desenhista preferido do ranger mas cumpre muito bem seu papel. Os enquadramentos que ele usa para ilustrar o duelo final são ótimos. Caçada Humana também conhecida como Justiça para um Carrasco é uma história para quem ama aquele faroeste clássico com índios, tiroteios e duelos.
Foi publicada em Tex Nº 68 e 69 pela Editora Vecchi, em Tex Coleção Nº 235 à 237 e Tex Edição Histórica Nº 92 pela Mythos Editora.
9 – Os Sete Assassinos
Roteiro: Mauro Boselli / Arte: Carlo Raffaelle Marcello
Sinopse: Um bando de assassinos, liderados pelo pistoleiro maníaco e cego Jack Thunder, dirige-se ao povoado de Heaven para roubar o ouro do Bando dos Inocentes, que, equivocadamente, Thunder acredita ainda estar em poder de uma velha amiga de Kit Carson, Lena Parker. Seguindo os rastros de destruição deixados pelo bando, Tex e seus parceiros voltam a Heaven, mas o esforço dos quatro parceiros para chegar antes dos celerados é em vão. Os bandidos já estão em ação na cidade, transformando-a num verdadeiro inferno de mortes brutais.
Os Sete Assassinos é daquelas histórias onde o leitor só deixa o gibi quando a última página é virada. A história começa em uma cantina em um local isolado onde uns homens estão jogando cartas e entre eles está um rapaz, de nome Kid Rodelo, que é acusado pelos homens de trapaça no jogo. Este então mostra logo de cara sua habilidade com o revolver Em seguida, o bando de Jack Thunder é apresentado, o que já deixa o leitor pensando como Tex e seus pards vão lidar com o grupo que é formado por homens totalmente insanos e psicopatas e que a vida alheia não tem significado algum para eles. A trama segue de forma instigante e bastante focada no grupo de criminosos e vai nos conduzindo, intercalando entre o caminho percorrido pelo bando de Jack e o caminho de Tex e seus amigos até um encontro inevitável e explosivo no pacato povoado de Heaven. Os desenhos de Marcello como sempre estão ótimos, ele transmite um ambiente empoeirado e trás o clima pesado que o roteiro violento de Boselli pede. Considero esta uma das histórias mais violentas do personagem.
Foi publicada em Tex Nº 378 à 381, Tex Edição Ouro Nº 72 e recentemente em As Grandes Aventuras de Tex Nº 06 ambos pela Mythos Editora.
10 – O Passado de Kit Carson
Roteiro: Mauro Boselli / Arte: Carlo Raffaelle Marcello
Sinopse: Enquanto Tex viaja com seu filho Kit para se encontrar com Carson em Tucson, os sobreviventes da temível quadrilha conhecida como Os Inocentes se reúnem após 25 anos de separação. Ao chegarem em Tucson, pai e filho ficam sabendo que Kit Carson partiu para Bannock, Montana, sem esperá-los e após ter liquidado um antigo integrante dos Inocentes. Na trilha para Bannock Tex conta a Kit as dificuldades que seu veterano parceiro teve durante esse período de sua vida, um passado carregado de violência que se funde com o presente, despertando no velho ranger ódios e emoções adormecidos, além do reencontro de uma antiga paixão que pode ter deixado como fruto uma linda jovem, agora em perigo mortal.
Kit Carson é para muitos o personagem favorito do universo de Tex e aqui podemos ver um pouco de como foi seu passado, de forma bem retratada pelo autor Mauro Boselli. Uma quadrilha que reúne-se 25 anos depois com o objetivo de se vingar de um membro do bando que desertou e se tornou um xerife. Acontece que Kit Carson enfrentou esse bando no passado e parece que existem diferenças para serem acertadas. Os fãs do personagem vão adorar a trama pois aqui o protagonismo é todo voltado a Carson, os desdobramentos, situações, acontecimentos e suas consequências giram em torno do passado violento do velho ranger amigo de Tex. A arte de Marcello é sempre um espetáculo a parte, gosto da forma como ele caracteriza os personagens com suas roupas e como detalha os ambientes, mergulhando o leitor num autêntico clima de faroeste. No passado Kit enfrentou sozinho Os inocentes mas agora, para o acerto de contas definitivo ele tem Tex e Kit Willer a seu lado.
Foi publicada em Tex Nº 317 à 320 pela Editora Globo, em Tex Coleção Nº 460 à 462 e em Tex Ouro Nº 45 ambos pela Mythos Editora.
As imagens desta matéria foram retiradas do site Guia dos Quadrinhos.