A editora Graphite iniciou a sua nova campanha no Catarse e, dessa vez, está trazendo um compilado com histórias de samurais selecionadas pelo Mestre Julio Shimamoto. A edição virá no formato 24×34 cm, com 200 páginas em preto e branco, papel pólen bold 90g e capa dura com acabamento especial.
A publicação da editora Graphite contará com as seguintes histórias: Musashi, O espadachim do diabo, Possessão demoníaca, Zatoichi, A morte do Samurai, O órfão, O dever do Samurai , Shi e A vingança ou Harakiri além de matérias e uma entrevista inédita com autor.
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O Autor
Seus ancestrais foram samurais aristocratas que serviram ao daimyo Oda Nobunaga, Julio Shimamoto ou simplesmente Shima nasceu em Borborema, São Paulo, seu pai Kioichiroe era um japonês, nascido em Shingu, na província de Wakayama e imigrou para o Brasil em 1927. O seu primeiro contato com história em quadrinhos foi com Mutt e Jeff, publicada no jornal O Estado de São Paulo, logo em seguida, passou a ler revistas em quadrinhos como O Guri, Gibi, O Tico-Tico e O Globo Juvenil. Ao deparar-se com narrativas dos super-heróis dos comics lutando contra soldados japoneses, desenhou suas primeiras HQs em papéis de embrulho avulsos, mostrando os japoneses derrotando os americanos.
Iniciou sua carreira no ramo em 1959, na editora Continental/Outubro, sob incentivo dos donos Jayme Cortez e Miguel Penteado, que, além de editores, eram artistas virtuosos e respeitados. Naquele mesmo ano, Shima publicou Os Fantasmas do Rincão Maldito, o primeiro quadrinho sobre samurais produzido no Brasil. Nesse período inicial de sua carreira, desenvolveu rapidamente seu talento e produziu centenas de páginas de HQs de todos os gêneros, do terror ao infantil, passando por super-heróis populares da época, como o Capitão 7.
Depois de vários anos, já consagrado como ilustrador, decidiu parar com os quadrinhos e migrar para a publicidade. Consagrou-se também nesse nova atividade, recebendo vários prêmios do ramo. No final dos anos 1970, voltou para a grande paixão de sua vida: os quadrinhos.
Ao longo das últimas décadas passou a pesquisar e desenvolver técnicas inéditas de ilustração, como desenhar sobre bexigas de látex esticadas e azulejos enegrecidos pela chama de velas, além de realizar esculturas de sucatas de metal.
A partir dos anos 90 passou a publicar e republicar suas obras em álbuns de luxo. Nesse período também recebeu diversos prêmios como Angelo Agostini, HQ Mix e Bigorna, que sedimentaram definitivamente seu nome como um dos mais importantes e criativos quadrinhistas brasileiros.
Fonte: Catarse Ken no Michi – Editora Graphite