Essa HQ é a minha leitura mais surpreende do ano. Claro, li diversas obras excelentes, algumas que considero verdadeiras obras-primas, porém já li com uma expectativa alta, por tudo que era falado sobre elas. Nesse caso, li a história sem ter um contato prévio, tanto com o personagem, como com a série da Netflix. As únicas informações que sabia a respeito, é que Archie é uma série publicada a muitos anos nos EUA, muito famosa por lá, sendo uma espécie de turma da mônica americana, e que essa edição trazida pela Geektopia se tratava de uma reformulação e modernização recentemente feita com os personagens.
Bom, vamos a história. Archie Andrews é o garoto mais popular da escola, mas devido ao recente término de namoro com a sua melhor amiga Betty, isso não tem sido uma coisa boa. O casal recém desfeito vira o centro das atenções na escola, fazendo com que muito alunos tentem fazê-los reatar. Aliás, o motivo desse rompimento não é falado logo de cara, somente é comentado que o fim do namoro foi por causa do “incidente do batom”. Esse argumento é usado tanto por Archie como por Betty em mais de um momento, o que faz com que o leitor não queira parar a leitura para descobrir o que é isso afinal.
Archie é engraçado e muito atrapalhado, o que garante boas risadas e confusões durante a leitura. Em uma dessas confusões, somos apresentados a Veronica, filha de Hiram Lodge, um milionário que está se mudando para a cidade. Após um primeiro encontro inusitado, onde Archie destruiu a mansão quase pronta do pai de Veronica, eles se reencontram na escola e o nosso protagonista se oferece para lhe mostrar o local. Archie passa a fazer tudo que Veronica quer e a segue para todo lado, fazendo as suas vontades. Isso incomoda os seus amigos, Jughead e Betty, que tentam provar para ele que a nova aluna da escola só o está manipulando. Porém, Archie está apaixonado (ou seria só culpa pelo incidente na mansão dos Lodge?).
Pelo menos nesse primeiro volume, a história foca bastante na comédia e no cotidiano dos alunos na escola, o que faz desse quadrinho uma leitura leve e agradável, recomendada para todos os públicos. Não espere pelo melhor enredo, melhor traço, aliás não espere nada, leia sem expectativas, pois talvez assim como eu, você poderá ser surpreendido.
Vale ressaltar que a história, pelo menos nesse primeiro volume, é bem diferente da série de televisão, onde existe um foco maior no drama e suspense. Outro ponto interessante são os extras presentes na edição, além da galeria de capas, temos um texto de Maurício Muniz, onde apresenta toda a trajetória do personagem desde sua criação, sendo uma excelente forma de conhecer mais sobre o personagem.