Chegamos ao quinto volume da série mensal de Júlia Kendall, que está sendo republicada em formato italiano. Nessa história, Giancarlo Berardi novamente tem o auxílio de Maurizio Mantero nos roteiros, porém na arte, acontece a estreia de Laura Zuccheri, primeira mulher a desenhar a personagem.
A história contada se passa durante um assalto a casa da família de um joalheiro, onde todos são feitos de refém e o patriarca é levado até a sua loja, para abrir o cofre e entregar todos os seus pertences. Inicialmente somos apresentados aos integrantes da família e esse primeiro contato nos aproxima de alguns personagens. Isso acaba tornando a leitura um pouco mais tensa quando o assalto acontece.
Essa é uma história de ação, investigação e suspense, mas que não se limita apenas ao assalto (foco central da história). Existe espaço para dramas menores, como a vida da criminóloga, os reféns ou ainda os sequestradores. A trama é muito bem construída e ficamos apreensivos, esperando que algo ruim aconteça a qualquer momento.
Após ser alertada pelo namorado de uma das vítimas, a polícia logo começa a investigar e chama Júlia para ajudar. Por se tratar de uma situação com reféns, a criminóloga está determinada a resolver tudo através psicologia, para evitar que pessoas inocentes sejam feridas, já a polícia acredita que uma abordagem mais direta seja mais eficiente.
Com os bandidos parte na joalheria, parte na casa da família, a situação com os reféns se agrava e a criminóloga precisará lidar com as duas situações. Querendo ajudar, mas também querendo provar a sua teoria, Júlia se oferece para entrar na loja, que naquele momento já está cercada pela polícia.
Qualquer comentário sobre a atuação dela durante as negociações com os bandidos poderia estragar a experiência de quem for ler a história, mas posso dizer que teremos momentos tensos, com reviravoltas inesperadas. Os autores não têm pressa para contar a história e aos poucos todos os pontos vão sendo ligados, fazendo com que tenhamos mais uma bela história da personagem.