Os jovens vikings da tribo dos Hooligans Cabeludos já passaram por muitas aventuras e perigos, porém, o seu treinamento ainda não acabou. Navegando com Bocão Bonarroto os meninos partem para mais uma tarefa do seu treinamento. A tarefa dessa vez parecia simples, divididos em duplas e a bordo do seu próprio barco, construído em uma outra aula, todos navegam em alto mar sob uma forte neblina, com o objetivo de abordar um navio de pescadores pacíficos e roubar um capacete de um tripulante. Tarefa simples né?
Após dar as instruções da tarefa, Bocão adverte a todos para atentarem-se para não saírem da baía onde estavam, pois ali perto haviam dragões tubarões muito perigosos. Apesar da neblina, a tarefa deveria ser completada rapidamente já que um verdadeiro viking nunca se perde.
Os meninos partem para realizar a tarefa e logo de cara Soluço e Perna de Peixe enfrentam problemas. O barco deles era muito ruim, tinha um formato estranho e muita vezes ficava girando no lugar, ou invés de navegar, como o barco de todos os outros. Como era de se esperar, o barco do Melequento e do Bafoca de Maluquício era o melhor e também como já podemos imaginar, eles aproveitariam a situação para atrapalhar nossos heróis. Após uma batida proposital entre os dois barcos, Soluço e Perna de Peixe ficam desorientados.
Algum tempo se passa e os dois meninos estão perdidos, contrariando a tradição de um viking jamais se perder. Soluço chama Banguela para lhe ajudar, porém o dragão se recusa, afirmando que está com fome e até ele não comer, ele não ajudará em nada. Ainda em meio a neblina, Soluço e Perna de Peixe avistam um barco e decidem fazer a abordagem, apesar de todos os contratempos a sorte deles parecia estar mudando. Soluço pede cautela, mas Perna de Peixe vai na frente confiante, e conforme aprendeu no treinamento, ele pulou no barco e soltou o seu grito viking com todas as suas forças.
Na verdade, esse não era um barco de pescadores pacíficos, era um navio romano com 350 soldados armados. Soluço percebe a situação e consegue se esconder a tempo, mas para Perna de Peixe é tarde de mais, apesar de tentar lutar, ele é facilmente capturado. Ele é levado para os generais no navio, que estavam falando sobre o seu plano contra os Hooligans Cabeludos e as Brutalhonas Ladras do Pântano. Soluço ainda escondido consegue ouvir o plano, que consistia em capturar os herdeiros das duas tribos para que eles entrassem em conflito, abrindo caminho para o exército romano dominá-los, além disso, Soluço também descobriu que eles eram caçadores de dragões e queriam capturar todos os dragões que existiam na região.
Soluço decide agir e arma uma confusão no navio. Ele solta os dragões para ajudar, e nisso até Banguela que estava de greve, decide ajudar. Durante a confusão Perna de Peixe consegue fugir e quando tudo parecia ter se resolvido, Banguela é capturado e antes de sair do navio, Soluço ainda teve que disputar a posse do seu livro, “Como falar dragonês”, com um dos generais do navio. Nesse livro, Soluço tinha todas as suas anotações sobre os dragões, e infelizmente, na disputa acabou rasgando o livro e metade dele ficou para o general. Ele ainda não sabia, mas esse livro também era um dos objetivos do general.
Depois de toda essa confusão, os meninos conseguiram voltar para o seu barco e ir para casa. Ao chegar foram humilhados por Bocão, que não admitia que um viking tivesse se perdido, tivesse abordado um navio romano por engano, tivesse deixado o seu dragão ser capturado e por fim que o seu próprio navio tivesse afundado a poucos metros de chegar na praia.
Soluço está muito triste por ter perdido o seu dragão, Banguela. Ele tentou falar com o seu pai dos planos dos romanos que ouviu no navio. Mas dessa vez, Stoico, o Imenso, também está furioso e muito decepcionado com as ações do seu filho. Logo os romanos colocam o seu plano em ação, e capturam os herdeiros das duas tribos. Soluço ainda tentou alertar Bocão e Stoico uma última vez, antes de ser levado junto com Perna de Peixe, mas nada parecia convencê-los.
Já capturados pelos romanos, eles são levados para o sinistro Forte Sinistro e lá descobrem que o general que estavam caçando os dragões e que roubou metade do seu livro, na verdade, era Alvin, o Traiçoeiro, um pária que apareceu no livro anterior. Contrariando as expectativas, ele sobreviveu após ser engolido por um dragão, porém como consequência do tempo que ficou no estômago do dragão, ele acabou perdendo todo o seu cabelo, o que fez que ele fosse rejeitado pelos os seus ex companheiros de tribos. Com isso, ele aproveitou a sua descendência romana para juntar um exército para se vingar.
Já na prisão, os jovens vikings encontram a Camicazi, herdeira das Brutalhonas Ladras do Pântano. Os três então precisam se unir para conseguir escapar e contam apenas com a ajuda de Ziggerastica, um nanodragão que havia sido salvo por Soluço na confusão criada no navios dos romanos. Nossos heróis irão passar por muitos desafios e precisaram contar com a sorte, além de ter um bom plano de fuga. Além disso, será que Stoico acreditará em Soluço e irá resgatá-lo ou então cairá no plano dos romanos e irá confrontar as Ladras do Pântano? Depois de todo o esforço para sobreviver após a busca do tesouro do livro anterior, será que Alvin, o Traiçoeira terá a sua vingança?
O que eu posso garantir é que veremos novamente Soluço sendo muito inteligente e corajoso na hora que mais foi preciso que ele fosse um herói. Apesar de ninguém acreditar, dessa vez até seu pai duvidou, e ele não possuir nenhuma característica que normalmente vemos nos heróis, Soluço novamente provará seu valor.
Após a leitura do terceiro volume da série de Cressida Cowell, sinto que cada vez mais quero conhecer o universo o personagem, aliás, a cada volume a autora expande mais ainda esse universo e nos traz mais detalhes. É uma leitura leve e descontraída, excelente para sairmos um pouco da nossa rotina.