Um roteiro de filme, que chegou primeiramente nas páginas de uma história em quadrinhos, antes de estrear nas telonas. Conforme dito já no prefácio da edição, essa história foi imaginada para se tornar um filme, por isso, temos uma história tão cinematográfica, com cenas e enquadramentos que também veríamos no cinema.
Aliás, em alguns momentos, filme e história em quadrinhos foram produzidas em paralelo, e apesar de ser a “mesma história”, são experiências diferentes e complementares. A ideia pode parecer simples, mãe e filho viajam no carro mais seguro do mundo e problemas acontecem, porém, a forma como a história é contada, gera muito suspense e em alguns momentos ficamos apreensivos e com receio de virar a página para ver o que virá a seguir.
Antes de ler esse quadrinho, vi algumas pessoas falando que para quem tem filho, seria um soco no estômago, que seria muito impactante, pois ao se imaginar naquela situação, seria impossível não ficar mexido. No meu caso, apesar de ainda não ter filhos, pelo menos em dois momentos da leitura, eu parei e respirei fundo, e só então prossegui com a leitura.
Monilith pode não possuir um roteiro inovador, mas a forma como a história é narrada e também através das ilustrações muito bem feitas, constroem um excelente quadrinho, que lá fora saiu pela Sergio Bonelli Editore e que aqui no Brasil foi publicado pela editora Panini.