Em O Silêncio da Casa Fria, acompanhamos a história de Elsie que acabou de perder seu marido Rupert, apenas algumas semanas após o casamento.
Com a perda do marido, Elsie e Sarah (prima de Rupert) mudam- se para A Ponte, casa que ele estava preparando para que pudessem viver nela, e onde ele encontrou seu fim. Já na sua primeira noite na casa ela ouve um barulho estranho vindo de algum lugar. Ela vai verificar de onde vem esse ruído e se depara com a porta do sótão, obviamente trancada. A governanta afirma que devem ser ratos ou esquilos, mas que ela não tem a chave para que se possa verificar, dizendo que no dia seguinte escreveria para um chaveiro. Então, cada uma segue para seus respectivos quartos.
No dia seguinte, Elsie e Sarah saem para explorar a casa e encontram a porta do sótão aberta e decidem entrar, lá, como todo bom sótão, está repleto de coisas velhas e empoeiradas. Entre essas coisas, está um diário em dois volumes de Anne Bainbridge, primeira moradora da casa e ancestral de Sarah, e um objeto curioso que é conhecido como companheiro silencioso. Que é, um painel de madeira em formato de uma pessoa, essa especificamente, no formato de uma menininha segurando uma rosa. A partir daí coisas estranhas começam a acontecer, e os companheiros (sim, há mais de um) começam a se movimentar pela casa…
E aí, caro leitor, você se pergunta por que cargas d’água alguém faria um objeto desses? Pois é, eu também não sei.
A história se passa em três momentos diferentes, o presente, com Elsie internada em um sanatório, acusada de assassinato. O ano de 1865 que é onde Elsie conta sua história e o ano de 1635, através dos diários de Anne.
A escrita da autora é fluida e a história consegue te prender, mas não espere grandes sustos neste livro, porque isso não vai acontecer. Em nenhum momento você vai ficar com o coração acelerado, nem nada disso. Pelo menos, eu não fiquei.
Mesmo assim, somente o final decepcionou um pouco. É um final meio em aberto, que me fez sentir falta de algumas explicações que não foram ditas. Mas no geral é uma boa história, de leitura rápida, apesar das quase 300 páginas. E a edição sendo Darkside, não deixa a desejar, como sempre.