Sabem aqueles livros preferidos da vida? Então, é isso que o Conto de Natal do Charles Dickens é para mim.
Eu me apaixonei por essa história ainda criança com o curta metragem (na verdade só descobri que era um curta, sábado passado quando fui procurar para assistir) da Disney, Um Conto de Natal do Mickey. Onde temos todos os personagens mais clássicos da Disney interpretando os papéis. Mas meu primeiro contato com a história escrita foi com o livro da Coleção Aventuras Grandiosas, da Editora Rideel. E agora pesquisando um pouco descobri (me lembrei) de que, na verdade, meu primeiro contato com alguns livros clássicos foram através desses livrinhos adaptados.
Mas enfim, depois disso a história acabou ficando meio esquecida na minha mente, até eu assistir uma outra adaptação dessa história, Os Fantasmas de Scrooge (2009). Aí todo o amor retornou, e sempre que possível eu parava para assistir.
Depois que comprei a primeira edição, foi só ladeira abaixo. Tenho três edições diferentes somente com o conto, e mais duas que estão junto com outras histórias. (Além das que estão na foto, tenho também, Um cântico de Natal e outras histórias da Martin Claret, que eu acabei esquecendo. Hehe)
Enfim, depois de toda essa enrolação, vamos à história.
Ela vai nos contar sobre o Sr. Ebenezer Scrooge, que é um velho avarento que odeia o Natal. Que na noite do dia 24, ele vai receber a visita do seu ex-sócio Jacob Marley. O mero detalhe, é que Marley havia morrido sete anos antes, naquela mesma noite.
O Fantasma de Marley aparece com o intuito de dar um aviso a Scrooge, dizendo que ele receberia a visita de três espíritos. E caso se recusasse, Scrooge carregaria correntes mais pesadas que ele próprio estava carregando. O primeiro quando o sino soasse uma hora, o segundo na noite seguinte no mesmo horário, e o terceiro na terceira noite quando o relógio terminasse de badalar doze vezes. Scrooge fica com medo, mas ao mesmo tempo meio cético quanto a isso. Enfim, Marley vai embora e Scrooge se deita para dormir. Quando marcada a hora dita, o primeiro espírito aparece.
Ele se apresenta como o Espírito dos Natais Passados (para mim, no filme de 2009 ele é o com a aparência mais sinistra. Hahaha) e diz a Scrooge para segui-lo. Ele segue e passamos a acompanhar o passado de Scrooge, e descobrir que nem sempre ele foi alguém amargurado e avarento. Depois do “passeio” Scrooge volta para sua cama e recebe a visita do segundo espírito.
Esse se apresenta como o Espírito do Natal Presente, ele diferente do primeiro, está cercado por fartura quando aparece, e carrega uma tocha na mão. Quando eles saem para andar pela cidade a cada toque dessa tocha, o lugar ou pessoa se enche de alegria e esperança. É com esse fantasma que Scrooge vai conhecer a família do seu funcionário Cratchit (a quem paga muito mal) e descobre que mesmo eles tendo o mínimo para viver, eles são felizes. E depois de visita-los, eles vão para a casa do sobrinho de Scrooge, que o tinha convidado mais cedo para participar da ceia. Depois de passar um tempo observando-os está na hora de ir embora, e Scrooge percebe dois pares de pés esqueléticos saindo debaixo do manto do espírito. Ele pergunta o que é e o espírito mostra duas crianças, um menino de nome Ignorância, e uma menina de nome Privação, explicando que essas duas crianças são filhos do homem. Os sinos tocam e o Espírito do Natal Presente some. E em seu lugar está o terceiro e último espírito.
O Espírito dos Natais Futuros (Dickens não diz com todas as letras que esse último espírito é a Morte, mas sempre me pareceu muito óbvio, ainda mais com o futuro que ele mostra a Scrooge). Este espírito não fala, tudo o que faz é apontar para os lugares onde Scrooge deve ir. Eles vão até um grupo de pessoas e os ouvem conversando sobre alguém que morreu. Depois vão a uma loja de penhores bem suspeita, onde encontram três pessoas que roubaram pertences desse mesmo morto. Ao final, Scrooge descobre que era dele de quem falavam e de que roubaram. Aterrorizado com seu próprio futuro, Scrooge promete mudar, e honrar o Natal pelo resto de seus dias, se agarra ao espírito, mas ele some se transformando na cabeceira de sua cama.
Atordoado Scrooge não sabe quanto tempo se passou, mas descobre que os espíritos fizeram suas visitas em uma única noite, então o momento em que ele se encontra é a manhã de Natal. A partir daí Scrooge realmente muda e começa a fazer o que disse que faria. E foi assim pelo resto de sua vida.
É uma história simples, Scrooge apesar de uma vida de avareza muda de opinião bem rápido (bom, com três fantasmas, quatro contando com Marley, te visitando em uma única noite, quem não mudaria, né?). É uma história sobre amor, esperança, solidariedade e perdão para consigo e com os outros. Uma ótima leitura para o dia de Natal, e para qualquer outro dia do ano também.